sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Um paraibano e outros 28 deputados federais não têm suplentes dos seus partidos na Câmara Federal




29 deputados federais não têm suplentes dos seus partidos

Dados oficiais da última eleição demonstram que 29 deputados federais não têm suplentes do próprio partido, apenas da coligação. Assim, se for cumprida à risca a interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o suplente deve ser do mesmo partido, e não da coligação, esses deputados não podem deixar o cargo - a menos que a Justiça Eleitoral indique outros suplentes dos seus partidos, alterando o resultado da eleição.

Em quase todos os casos, os deputados da lista foram realmente os únicos candidatos escolhidos nas convenções de seus partidos. As únicas exceções são Sabino Castelo Branco (PTB-AM) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Nesses dois casos, os partidos até tentaram lançar outros concorrentes, mas eles tiveram suas candidaturas indeferidas pela Justiça Eleitoral.

Segundo o deputado João Bittar (DEM-MG), que fez o levantamento dos dados, essa situação se refere apenas à Câmara Federal. Ele questiona: “Imagina esta experiência multiplicada nas 27 assembleias legislativas e em todas as [5.565] câmaras municipais do País?” O parlamentar assumiu como suplente em vaga da coligação.

A polêmica está instalada desde o final do ano passado, quando o STF passou a conceder liminares determinando a posse na vaga de deputado licenciado de suplentes do mesmo partido, e não da coligação, o contrário do entendimento histórico da Câmara sobre o assunto.

Menos suplentes que titulares

Além desses 29 deputados sem suplentes da mesma legenda, há 18 deputados de partidos que têm menos suplentes que titulares. O PSB do Ceará, por exemplo, elegeu quatro deputados federais e apenas um suplente - os demais suplentes são de outros partidos da coligação. Nesse caso, se dois deputados se afastarem do cargo, o partido não terá suplente para substituí-los.

Em dois estados, o problema já é real. No Rio Grande do Norte, o deputado Betinho Rosado (DEM) assumiu uma secretaria e o DEM não tem suplente para substituí-lo. No lugar de Betinho Rosado, assumiu Rogério Marinho (PSDB-RN). O caso se repete em Goiás, com o deputado do PMN Armando Vergílio, que foi convidado para assumir uma secretaria. Ele ainda não se licenciou.

Levantamento da Secretaria-Geral da Mesa DiretoraA Mesa Diretora é a responsável pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Câmara. Ela é composta pelo presidente da Casa, por dois vice-presidentes e por quatro secretários, além dos suplentes de secretários. Cada secretário tem atribuições específicas, como administrar o pessoal da Câmara (1º secretário), providenciar passaportes diplomáticos para os deputados (2º), controlar o fornecimento de passagens aéreas (3º) e administrar os imóveis funcionais (4º). mostra ainda que, na legislatura passada, 123 suplentes de coligações foram convocados - 24% do total da Câmara (513 deputados).


Agência Câmara

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

João Dantas: o prefeito tem feito “maquiagem” para ludibriar a opinião pública


O vereador João Dantas (PTN) comentou sobre o governo Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) no reinício dos trabalhos legislativos em Campina Grande.

Ele, crítico contumaz do prefeito campinense, disse que nos seis anos que a cidade está sob o comando do peemedebista o mesmo “não conseguiu executar uma obra impactante”.

Segundo o oposicionista, após terminar sua gestão, Veneziano não terá nenhuma obra que sirva “como um marco de sua administração”.

- O prefeito tem feito é maquiagem. Pintura de praças, um questionamento de valores, inclusive. Ele muda o sentido das palavras para ludibriar a opinião pública – criticou João Dantas.

Ao prefeito: João Dantas sugere a derrubada do Capitólio para a construção de um anfiteatro


Ao prefeito: João Dantas sugere a derrubada do Capitólio
Para a construção de um anfiteatro
Que seria mais um espaço para os artistas
E mais um ponto turístico da cidade


Logo após a sessão da Câmara Municipal, nesta terça-feira (22), o vereador João Dantas (PTN) teve um rápido debate com o prefeito Veneziano Vital do Rego (PMDB) sobre o destino do Cine Capitólio, sugerindo que ele fosse demolido e em seu lugar a Prefeitura Municipal construísse um anfiteatro, pois só assim, a cidade teria mais um espaço para os artistas e mais um ponto a ser visitado pelos turistas em todas as épocas, mas o chefe do executivo ponderou: É preciso ouvir todos os segmentos sobre o assunto e verificar a questão do tombamento.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

João Dantas denuncia “Coleta do lixo em Campina Grande é feito como na década de 50”




Garis da PMCG coletam lixo em caminhão aberto a poucos metros do Hospital Regional de Emergência e Trauma.
Hoje em visita pela cidade de Campina Grande o Vereador João Dantas (PTN) constatou que parte da coleta do lixo no Município de Campina Grande, ainda vem sendo feito em caminhões abertos, como na década de 50, o que constitui um atentado a saúde pública.
Como mostra a foto o servidor público (Gari) trabalha sem as mínimas condições de trabalho, onde os mesmos necessitam para desempenhar suas funções de maneira adequada, de roupas apropriadas como botas, luvas e máscaras.
A coleta de lixo da cidade, com a utilização de caminhões abertos além de ser ultrapassado, esteticamente representa desorganização e atraso na realização da tarefa, isso porque o profissional vai precisar de mais esforços para carregar o caminhão, sem contar às vezes que o lixo cai na rua atrasando o serviço, diferente do trabalho realizado com um compactador.
Para o vereador falta um maior comprometimento do Governo Municipal para solucionar a questão do lixo em Campina Grande. A Câmara Municipal aprovou o Projeto de Lei nº 014/2007 de sua autoria, que estabelece princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no município, visando o controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

João Dantas cobrará da PMCG o funcionamento da Secretaria de Cultura


Em entrevista concedida à Rádio Campina FM, na manhã deste sábado (19), o vereador campinense João Dantas (PTN) comentou a criação da Secretaria de Cultura da cidade, que foi aprovada pelo Legislativo municipal nessa sexta-feira (18).

Ele disse que irá cobrar do Executivo Municipal a execução de ações da nova pasta, que terá o objetivo de beneficiar o setor cultural de Campina Grande.

- Sobre a questão da Secretaria de Cultura, eu apresentei um projeto para criar essa pasta em 1986. Eu já entendia nesse ano a importância de desvincular a questão cultural do setor de educação. Queremos que o poder público municipal cumpra o seu papel para valorizar a cultura regional – frisou o ativista cultural.

Segundo o parlamentar, a prefeitura de Campina Grande recebeu quase R$ 9 milhões de investimentos de uma empresa de Recife-PE para o setor cultural.

- Sabemos que certos valores desses recursos não foram repassados para os artistas da terra – informou João.

O vereador também criticou o prefeito Veneziano Vital. João Dantas afirmou que o gestor municipal não colocou em prática as ações de algumas secretarias, que foram criadas em menos de um ano.

- A Secretaria de Ciência e Tecnologia ainda não disse a que veio. A Pasta de Agricultura não plantou um pé de coentro. Acho que a Secretaria de Cultura seguirá esses exemplos – falou o parlamentar.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Após quase 1 mês do acidente, Shaolin continua em coma, mas já reage a estímulos de dor no braço esquerdo




Mesmo passados quase 30 dias do acidente em Campina Grande (PB), o humorista Shaolin continua internado em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital das Clínicas em São Paulo, nesta quinta-feira (17). Segundo a assessoria do hospital, o comediante está em coma.

A mulher de Shaolin, Maria Laudicéia Veloso, afirmou ao R7 que o quadro do artista, mesmo grave, está estável. Ele está passando por exames de rotina, para acompanhar a evolução da sua saúde. De acordo com o Hospital das Clínicas e com familiares, não há previsão de quando Shaolin deve passar por algum procedimento médico.

Maria Laudicéia afirmou que Shaolin reagiu a estímulos de dor no braço esquerdo. De acordo com a mulher dele, os médicos esperam uma reação do humorista. Segundo Maria, outros exames mostraram que ele não teve perda auditiva tampouco visual. Os médicos explicaram para ela que nenhum exame é conclusivo até que ele saia do coma.

Ele teve o braço esquerdo operado, porque perdeu musculatura e massa óssea no acidente. De acordo com ela, os médicos retiraram uma parte externa da coxa do artista e a colocaram no braço. A cirurgia faz parte do processo de restauração do membro superior.


Médicos fazem teste com Shaolin

Francisco Jozenilton Veloso, o Shaolin, ficou gravemente ferido em um acidente na BR-230, na região de Mutirão, em Campina Grande (PB), no dia 19 de janeiro. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o comediante dirigia no sentido São José da Mata quando um caminhão, que vinha na faixa oposta, invadiu a contramão e bateu contra o veículo do artista.

Em depoimento à Polícia Rodoviária Federal da Paraíba, o motorista do caminhão que se envolveu no acidente com o humorista disse que foi o artista quem provocou a batida.

O comediante da Rede Record deu entrada no pronto-socorro do Hospital das Clínicas na madrugada do dia 21, após ter passado por cirurgias para conter o traumatismo craniano e uma fratura exposta no membro superior esquerdo.

Na tarde de 20 de janeiro, Jobson Clemente Benício, de 23 anos, motorista envolvido no acidente com Shaolin, apresentou-se à delegacia da Polícia Rodoviária Federal da cidade paraibana. O inspetor responsável pela unidade ouviu o motorista que, em seguida, foi liberado.


R7

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Possíveis negligências provocam mortes de bebês no Isea

Nesta quarta-feira (16) foram feitas em Campina Grande duas denúncias de possíveis negligências médicas na maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea). Famílias desesperadas pedem esclarecimentos sobre as mortes de dois bebês.

Elaine Silva, de 19 anos, estava grávida do primeiro filho e com uma gestação tranquila segundo a família. O seu bebê morreu após o parto. Ela procurou o Isea quando começou a sentir dores na semana passada, mas foi liberada.

- Levamos Elaine ao Isea no sábado. Os médicos aplicaram uma injeção nela e passaram medicamentos. No domingo passado voltamos ao Isea, pois ela não aguentava as dores – relatou a irmã de Elaine, Kátia Cristina.


Com dores mais fortes, Elaine voltou à maternidade no início da manhã dessa terça-feira (15). Ela passou pelo parto por volta do meio-dia. A criança teria passado por sofrimento fetal e morreu. Um boletim de ocorrência foi aberto.

- A equipe do hospital não queria mostrar o bebê para a gente. Acionamos a polícia e somente com a chegada de uma viatura pudemos ver a criança – disse Kátia Cristina.

Maria José, que estava grávida do quinto filho, também deu entrada no hospital nessa terça-feira. Ela foi encaminhada para casa por falta de vagas. A mesma retornou a maternidade na manhã desta quarta-feira, mas após uma ultra-sonografia foi constatado que a criança estava morta.

- Estamos apurando o caso. Vamos chamar cada pessoa que foi responsável pelo atendimento. Os médicos são responsáveis pelos seus atos – explicou Francimar Ramos, diretora do Isea.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Morre desembargador que presidiu a cassação de Cássio


O ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, desembargador Jorge Ribeiro da Nóbrega, faleceu na madrugada desta terça-feira (15) em João Pessoa, vítima de acidente vascular cerebral. O corpo está sendo velado na Central de Velórios Morada da Paz.

Jorge Ribeiro presidiu o caso União, que resultou na cassação do ex-governador do Estado. Cássio Cunha Lima. Nascido e Taperoá, Jorge Ribeiro concluiu o curso de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito na Universidade Federal da Paraíba em 1964, Ingressou na Magistratura em 1970 e foi empossado no cargo de desembargador em 14 de fevereiro de 2001, pelo critério de antigüidade.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

OPINIÃO: A VOLTA DE JOÃO DANTAS




A sessão extraordinária desta sexta-feira marca a efetiva volta à Câmara Municipal de Campina Grande do vereador João Dantas (PTN). Pelo conteúdo e exposição sempre bombásticos de suas declarações e discursos, e pela veemência com que desempenha o papel de oposicionista, o retorno de João Dantas à Casa de Félix Araújo traz a certeza de que o debate em plenário, de agora em diante, vai esquentar, e a oposição, embora em minoria, vai subir o tom.

Na legislatura passada, o petenista travou batalhas quase épicas com o jornalista Marcos Marinho, então vereador pelo PMDB e igualmente veemente em suas declarações.

Naquela época, ao contrário do que ocorreu nos últimos meses, ninguém cochilava acompanhando as sessões. Dantas e Marinho, dois temperamentos explosivos (e dois bicudos não se beijam), por inúmeras vezes extrapolaram o debate e entraram em arengas extravagantes. Todavia, é preferível um legislativo que peque por excesso que por falta, num silêncio constrangedor.

Empresário, poeta popular, autor e ator, o papel que mais parece cair bem a João Dantas é mesmo o de político da oposição. Se tem gente que não sabe viver fora da situação, e vive pulando de galho em galho para estar junto ao poder, Dantas devia fazer o contrário: quando, estando no parlamento, tiver um aliado no executivo, deveria romper e ir para o grupo oposicionista.

Afinal, que “graça” teria João na situação? Um papel que ele desempenhou quanto foi eleito vereador pela primeira vez, em 1982, então no PMDB, mesmo partido do prefeito Ronaldo Cunha Lima. João Dantas voltou à Câmara em 2005, já pelo PTN. Nas eleições de 2008, foi o sexto vereador mais votado, mas, mesmo assim, não se elegeu, ficando como primeiro suplente da coligação “Por Amor a Campina”.

Na semana passada, o ex-prefeito Félix Araújo, filho do patrono da Câmara, exaltou o retorno do petenista à Casa: “Esta legislatura, com você presente, começa a contar uma nova história. O patrono deve estar muito feliz”.

João Dantas: “Governo Municipal está desencontrado com a sua base política”


O vereador João Dantas (PTN) classificou como ‘pacotaço’ a mensagem enviada à Câmara pelo prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), que promove mudança na estrutura administrativa da prefeitura, com a criação de três secretarias.

A sessão extraordinária do Poder Legislativo de Campina Grande, que votaria a mensagem do prefeito foi adiada na manhã dessa sexta-feira (11), porque três parlamentares da bancada governista, que é majoritária atualmente, não compareceram à convocação.

Em entrevista à Rádio Campina FM, João Dantas declarou que “o que ocorreu na manhã de hoje mostra com muita clareza como o Governo Municipal está desencontrado com a sua base política e até mesmo com setores de ponta da sua administração, como a Procuradoria Jurídica e Secretaria de Planejamento”.

- O fato é que a Prefeitura Municipal de Campina Grande enviou um projeto de lei complementar, modificando a estrutura funcional da prefeitura, de uma forma que eu trato como sendo um pacotaço. São mudanças substanciais, que deveriam ser enviadas ao Poder Legislativo de forma distinta – disse o parlamentar.

Deixaram de comparecer à sessão os vereadores Fernando Carvalho (PMDB), Antônio Pereira (PSB) e Olímpio Oliveira (PMDB).

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Para Rômulo, Diogo Cunha Lima é nome de consenso para as eleições em 2012



O ex-governador Rômulo Gouveia (PSDB) declarou na tarde desta quinta-feira, (10), que o nome de Diogo Cunha Lima, filho do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), é extraordinário para uma futura indicação a prefeitura de Campina Grande em 2012, mas frisou: “Nunca tratei desse assunto nem com ele, nem com o pai dele”.

Para Rômulo, Diogo Cunha Lima é sim um nome de consenso, mas lembrou que consenso se constrói com discussões e afirmou que não poderia falar pelos demais postulantes do Partido. “Cássio já disse várias vezes que ele não é e não será candidato. Então eu não posso falar o contrário, sou apenas um amigo da família e vi Diogo ainda menino”, disse.

Com relação às especulações em torno do nome de Diogo Cunha Lima para postular uma vaga à Prefeitura de Campina Grande em 2012, Rômulo garantiu que é mais que uma realidade. “Mas o pai dele já disse que não quer e reforçou que o filho é independente e é um empresário bem sucedido, portanto, a decisão só pertence unicamente a ele”, frisou.

Rômulo lembrou que na festa da vitória do governador Ricardo Coutinho (PSB), um multidão de jovens e adolescentes gritavam pelo nome de Diogo Cunha Lima para prefeito de Campina em 2012, o que representa uma manifestação espontânea do povo que o quer candidato no próximo pleito municipal.

Ao declarar que essa é uma reação normal dos jovens, uma vez que Diogo Cunha Lima tem tradição política. “Ele é filho do Senador Cássio, neto do eterno governador Ronaldo Cunha Lima, bisneto de um dos maiores prefeitos de Campina Grande, Elpídio de Almeida, então só cabe a ele aceitar”, pontuou.

“O que pode ocorrer é o mesmo que ocorreu com o Senador Cássio Cunha Lima, na época em que ele saiu para deputado federal, foi porque a candidatura do seu pai Ronaldo Cunha Lima havia sido preterida e acabamos conhecendo um dos maiores administradores que a Paraíba já teve”, finalizou.


Simone Duarte

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Legislativo dará solução para impasse sobre suplências, diz Maia




O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta terça-feira (8), após visita ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, que o impasse sobre a suplência de cargos no Congresso será resolvido pelo Legislativo. Para o STF, o mandato pertence ao partido e não à coligação. Na Câmara, prevelace entendimento contrário. Segundo Maia, os poderes caminham para uma "solução que venha do Legislativo".

"Colocamos algumas preocupações em relação a essa matéria e trabalhamos no sentido de buscar um caminho que possa viabilizar uma tranqüilidade entre parlamento e STF em relação a essa matéria. Nós, na Câmara, vamos tratar desse assunto nos próximos dias e caminhamos para uma solução que venha do Legislativo, que venha a partir do Legislativo pacificar esse entendimento", declarou.

Decisão de dezembro do STF diz que o suplente a ser empossado é o do partido, em razão de entendimento de que o mandato parlamentar pertence ao partido. A decisão liminar leva em consideração a regra da fidelidade partidária, imposta pelo próprio STF, em 2007. Pela norma, o mandato parlamentar pertence ao partido.

Segundo Maia, deve haver uma conversa entre os líderes de bancadas na Câmara nos próximos dias para construir um projeto com esse fim. Ele disse ainda que, mesmo assim, o tema é uma questão que vai ter que ser analisada pelo pleno do Supremo, mas que por agora a Câmara seguirá adotando o entendimento de dar posse ao suplente do partido.

"Vamos continuar mantendo o entendimento anterior, que é o entendimento válido para esse momento, dando posse aos suplentes da coligação. Esta informação nós temos dos TREs estaduais que, ao diplomar, diplomam na ordem da coligação. Na sequência vamos analisar caso a caso as liminares as decisões tomadas pelo supremo. Agora vamos manter o entendimnento anterior que o suplente é da coligação, e não do partido", afirmou o presidente.

O encontro entre Peluso, Maia e Sarney teve início às 11h e demorou em torno de meia hora. À saída do gabinete do presidente do STF, Marco Maia e José Sarney falaram à imprensa, mas já Peluso preferiu não se manifestar - apenas acompanhou a fala dos outros dois.

Impasse

Em dezembro do ano passado, o STF decidiu, por 5 votos a 3, a convocação do suplente do mesmo partido - e não da coligação - no caso do deputado Natan Donadon (PMDB-RO).
Para chegar ao novo entendimento, os ministros do Supremo levaram em consideração a regra da fidelidade partidária.

Na última sexta (4), a ministra Carmem Lúcia decidiu que os suplentes Humberto Souto (PPS-MG) e Carlos Victor (PSB-RJ) deveriam assumir as cadeiras dos titulares Alexandre Silveira (PPS-MG) e Alexandre Cardoso (PSB-RJ). A medida causou conflito na Câmara, que já havia dado posse a João Bittar (PR-MG) e Dr. Carlos Alberto (PMN-RJ), tendo por base a sequência das coligações. O impasse deve ser analisado internamente na Câmara, que abrirá processo para decidir como tratar a posse dos suplentes.

Quanto à possibilidade de haver desgastes com o fato de a Câmara dar um entendimento diferente do defendido pelo STF, Maia reconheceu que há "problemas à frente", com casos de estados em que os partidos não têm suplentes eleitos, ou partidos que concorreram e fizeram votos suficientes para se transformar em suplentes. Caso não se chegue a um acordo, diz Maia, as possíveis medidas vão ser avaliadas "lá na frente".

"Vamos tentar pacificar isso a partir da ideia de que tínhamos uma regra existente da eleição dos suplentes a partir da coligação, e que orientou a formação das coligações nas últimas eleições. Não havendo condições de chegar a um entendimento como esse, vamos avaliar lá na frente quais medidas que poderão ser tomadas para que haja pacificação nessa matéria", declarou.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

TRE nega recurso de suplente do PP e assegura a posse de João Dantas




O Tribunal Regional Eleitoral (TRE), através da juíza Niliane Meira (foto), negou liminar ao suplente de vereador do PP, que pleiteava assumir na Câmara Municipal de Campina Grande na vaga aberta pela deputada Daniella Ribeiro (PP). Com a decisão, João Dantas (PTN), que era suplente da coligação “Por Amor a Campina”, fica mantido no cargo de vereador efetivo.

O suplente do PP, que não apoiou os candidatos de seu partido na última eleição e pode ser enquadrado na infidelidade partidária progressista, recorreu ao TRE contra a decisão do juiz da 16ª Zona Eleitoral, Cláudio Carvalho, que determinou a posse de Dantas, o que ocorreu na última segunda-feira, 31.

Ao negar a liminar, a juíza Niliane Meira asseverou que não constitui matéria eleitoral a disputa quanto à vaga do parlamento, por fato ocorrido após o ato de diplomação, como nos casos de renúncia. No seu entendimento, a competência para julgar esses casos é da justiça comum. “Fatos como o ora narrado – renúncia ao mandato de vereador para assunção de outro cargo eletivo, qual seja, de deputada estadual -, ocorrido após a diplomação não se inserem na competência da justiça eleitoral”, destacou.

A magistrada tomou como base uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Acre segundo o qual não constitui matéria eleitoral a disputa quanto à vaga de deputado estadual, por fato ocorrido após o ato de diplomação, como nos casos de renúncia do deputado eleito e trânsito em julgado de sentença penal condenatória em desfavor de suplente.

A juíza também lembrou a posição do Tribunal Superior Eleitoral na consulta formulada pelo deputado federal Hermes Parcianello nos seguintes termos: “Se o mandato parlamentar pertence ao partido político, em caso de vacância por morte, renúncia ou cassação do mandato do titular, quem assume: o membro do partido ou membro da coligação?”.

O relator foi ministro Ari Pargendler, que não conheceu da consulta, “por entender que a matéria não é eleitoral, pois diz respeito a ato que está adstrito à competência da respectiva Casa Legislativa”.
João Dantas obteve 4.735 votos, sendo o 1° suplente e 6° mais votado, enquanto o suplente do PP obteve apenas 1.364 votos, sendo o 47° mais votado.
 
Asscom com textos de Josusmar Barbosa/JP

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

João Dantas assume cadeira na CMCG e dedica sua posse a Shaolin


Vereador João Dantas assume cadeira deixada por Daniella e na oportunidade dedica sua posse ao comediante Shaolin


O vereador João Dantas (PTN) tomou posse na tarde desta segunda-feira, (31), na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG). Na oportunidade e bastante emocionado, Dantas dedicou a posse do seu mandato ao que ele denominou como seu maior eleitor e amigo, o comediante Shaolin.

O vereador assume a vaga deixada pela deputada estadual eleita Daniella Ribeiro (PP). João Dantas se comprometeu em fazer oposição séria na Câmara e criticou os cinco anos de governo de Veneziano Vital do Rego (PMDB). “Campina Grande está abandonada e está sendo administrada sub-judíce por um prefeito cassado. A administração do município deixa muito a desejar”, disse.

Mesmo com minoria na CMCG, João Dantas afirmou que quantidade nunca fez a diferença, mas qualidade sim e é nessa linha que ele irá se manter para atender aos apelos da sociedade e cobrar do Executivo ações em prol do povo campinense.

Estiveram presentes à posse de João Dantas, os vereadores de oposição Inácio Falcão (PSDB), Tovar Correia (PSDB), Nelson Gomes (PRP), Weider e os de situação, Pimentel Filho (PMDB), Olímpio Oliveira (PMDB) e Cassiano Pereira (PMDB), além de familiares e amigos de Dantas.

Na última sexta-feira, (28), o juiz Cláudio Pinto, da 16ª Zona Eleitoral, rejeitou pedido de liminar impetrado pelo Partido Progressista (PP), através do suplente de vereador Miguel da Construção. Miguel, que teve pouco mais de 1.200 votos, tentava na justiça tomar posse no lugar da vereadora Daniela Ribeiro, eleita deputada estadual no último pleito.

A partir da decisão, ficou garantida a posse do vereador João Dantas (PTN), suplente da coligação.

João Dantas foi eleito nas legislaturas de 1983/1988, 2005/2008 e nas últimas eleições não logrou êxito, garantindo apenas a 1ª suplência da sua coligação. Ex-líder da oposição na câmara campinense, ele obteve 4.735 votos, sendo o 6° candidato mais votado naquela ocasião.

A Câmara Municipal de Campina conta com 16 parlamentares, sendo 10 ligados à base do prefeito Veneziano Vital do Rêgo. A Câmara pode, inclusive, se reunir extraordinariamente na próxima semana para analisar projetos do Executivo, que propõe a criação da Secretaria de Cultura e o desmembramento de outras Pastas.



Simone Duarte