Afirmação do senador paraibano foi feita durante Audiência da Comissão de Educação do Senado Federal que debateu a autonomia das universidades públicas
A Comissão de Educação do Senado realizou nesta quarta-feira, 18, a audiência pública para debater a autonomia das universidades públicas brasileiras. A reunião serviu como pano de fundo para que se discutisse a autonomia da Universidade Estadual da Paraíba pois não é de hoje que os meios acadêmicos e políticos, discutem os valores do repasse do Governo da Paraíba para a UEPB.
Na sua fala, o senador Cássio imprimiu, de pronto, um tom pacificador. Começou dizendo que “o problema será superado”. Na condição de responsável pela lei que concedeu a autonomia financeira à UEPB e ex-aluno daquela universidade, disse que costuma ter “visão mais holística das coisas” e que “é imperioso que rediscutamos um novo modelo de Pacto Federativo”. O senador perguntou ao plenário: “Demos saltos quantitativos na educação. Mas estamos distantes da educação de qualidade. Por quê? Somos todos burros?”
E respondeu, ele mesmo: “Não. Não somos nós. É o modelo. O modelo precisa ser rediscutido. O Governo da Paraíba, por exemplo,” – continuou Cássio - “aporta mais recursos no Fundeb do que o Governo Federal. Isso significa que, na prática, a Paraíba (e não a União) é quem está financiando o Fundeb.” Cássio garantiu que lutou muito pela UEPB e prometeu: “Enquanto gente for, terei compromisso com a UEPB”.
De pronto, ganhou corpo na reunião a ideia de que emendas da bancada e da própria Comissão de Educação à LDO devem contemplar propostas de custeio à pesquisa e expansão às universidades já existentes, uma vez que a elas cabe a interiorização do ensino superior no Brasil.
Presente à audiência pública, a reitora da Universidade do Estado da Paraíba, professora Marlene Alves lembrou que, desde a criação na década de 60 (quando ainda era Furne), os conflitos e as lutas, que marcaram a história da universidade, foram ingredientes que catapultaram o crescimento da UEPB.
Segundo ela, graças à Lei 7643/04, promulgada pelo então governador Cássio Cunha Lima, “o modelo de autonomia implantado na Paraíba serve de espelho para as demais universidades estaduais”. A reitora lembrou, ainda, conquistas robustas obtidas pela universidade, como a implantação de 30 novos cursos de mestrado e doutorado, 14 novos cursos de graduação e a construção de quatro novos campus e dois museus.
O recém-empossado secretário de Educação do Governo, Harrison Targino, falou logo depois de Marlene, e começou concordando que “é da natureza das universidades a autonomia de pensamento, de pesquisa e de gestão”. Harrison explicou, com didatismo, que “não se faz universidade sem autonomia porque esta característica é da ambiência democrática”. O secretário sustentou que, no caso do desentendimento orçamentário entre governo do Estado e UEPB, não houve redução nominal de repasse para a UEPB. Ele assegurou que o governo Ricardo Coutinho tem plena consciência de que a UEPB é a maior parceira de que dispõe para o desenvolvimento da Paraíba:
- Digo e repito: a UEPB tem sido grande e valiosa parceira do Governo do Estado – disse o secretário para o plenário lotado. Em seguida, Harrison Targino propôs que universidade e governo se sentem à mesa para conversar e encontrar caminhos que sinalizem solução para o impasse entre eles. “Há um motivo para divergir e um sem-número de razões para convergir” – conclamou Harrison, dando a senha para a solução da crise entre governo e universidade.
Assessoria do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Foto: Jaciara Aires
Foto: Jaciara Aires
Fonte: www.cassiocunhalima.com.br
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