O que acabamos de presenciar foi a mais lamentável forma de se fazer Política usando a religião e a fé das pessoas como armas de campanha eleitoral.
A estratégia mais incompetente da campanha de Zé Maranhão foi misturar religião e política, ele foi conivente com uma estratégia equivocada, que saiu do campo político e entrou no perigoso terreno da intolerância religiosa. O resultado deste segundo turno revelou que os paraibanos não aceitam esse jogo sujo e não querem implantadas em nosso Estado sementes da desunião.
Essa pratica desonesta e cruel foi usada na campanha de 2008 em Campina Grande intitulada da luta entre o “Bem e o mal” onde foram criadas calúnias e difamação em nome da fé para denegrir a imagem de um dos postulantes ao cargo de prefeito de nossa cidade naquela ocasião.
Pois bem essa pratica se repetiu novamente agora nessa campanha de 2010 onde sem dó e sem piedade usaram a religião e a fé para fins diabólicos de denegrir e caluniar da maneira mais perversa e antipolítica um adversário político.
Panfletos “apócrifos”, matérias em sites e blogs, jingles com expressões do tipo “xô satanás” adesivos com os dizeres “cristão vota em Zé Maranhão e não vota em ateu” e todas as ferramentas possíveis foram usadas para fazer da festa da democracia uma verdadeira guerra entre irmãos.
Ficou a lição aos que acharam que valia ganhar uma eleição a qualquer custo que o povo da Paraíba não aprova essa postura antipolítica, e essas pessoas não se rendem nem se vendem, não abrem mão de seus mais valiosos princípios cristãos por interesses secundários (e até profanos)
A equipe do marketing de Ricardo Coutinho acertou em cheio nos 45 do segundo tempo com o clip somos da paz com uma letra inteligente e emocionante conseguiu expressar o sentimento do povo Paraibano naquele momento. Veja trecho da música
“Venha de onde vier
Seja qual for sua cor sua crença
Venha de onde vier
Seja qual for sua cor sua crença
Se a gente tem tanta semelhança
Pra que resaltar as diferenças”
Que possamos ser diversos, desde que não prejudiquemos aos outros. Iguais, nos direitos e nas possibilidades de ser diferentes. Diferentes sim, desiguais, não.
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”
Por Edgley Tavares
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