Mais uma opção para os turistas e campinenses contemplarem as tradições vivas da cultura nordestina. Em meio a modernidade e aos prédios, um sítio surge bem no coração da cidade e homenageia um dos santos mais populares do Nordeste. Um dos equipamentos culturais que enriquecem o Maior São João do Mundo, abriu as suas portas para mais uma nova temporada de visitas. Ao som de forró pé de serra e de apresentação de quadrilhas juninas foi servido dentro do local, um café da manhã com canjica, pamonha, mostrando que o tempo é de apreciar as coisas da região.
O vice-governador do Estado Rômulo Gouveia, a presidente da Pbtur Ruth Avelino, o presidente da Câmara de Vereadores de Campina Grande Nelson Gomes, deputados, vereadores, forrozeiros e ativistas culturais marcaram presença no evento. Criador do projeto, o dramaturgo, cenógrafo e pesquisador João Dantas, deu as boas vindas aos convidados. Visivelmente emocionado, João Dantas disse que o Sítio São João está mais original do que nunca. "As expectativas para mais uma temporada são das melhores porque vê-lo realmente funcionando é muito prazeroso", revelou.
Em sua 16ª edição, o Sítio continua reproduzindo em tamanho original elementos da cultura nordestina. Pelo 3º ano, ele que retrata a vida do homem nordestino com seus costumes e tradições, está funcionado na avenida Manoel Tavares, no Alto Branco. A expectativa é que mais de 100 mil pessoas visitem o local. No ano passado 142 mil pessoas visitaram o equipamento. João Dantas fez questão de ressaltar que o equipamento cultural nasceu para mostrar aos campinenses e turistas, as tradições, a cultura, a cara e a poesia do povo nordestino, materializados na arquitetura rural, nas ferramentas, no engenho, na casa de farinha, na bodega e no forró da boladeira. O Sítio São João, conforme definiu João Dantas, é um vilarejo do interior montado no centro de uma grande cidade o que é algo inusitado em qualquer lugar do Brasil.
João Dantas reafirmou a importância cultural do projeto que se transformou em um museu do homem do campo. Para ele, o sítio tem a cara do povo do Nordeste. Ficará aberto todos os dias a partir das 10h, só fechando na madrugada. "O sítio tem sua programação com sua carga horária quase que intensiva. Funcionando em uma área de mais de 6 mil metros quadrados, o local é formado por mais de 17 componentes que traduzem num vilarejo comum no interior nordestino, nos anos 30 e 40. Cerca de 120 pessoas estão trabalhando para manter o sítio funcionando. O projeto de João Dantas é tornar a estrutura permanente. Ele lembrou que durante o ano o sítio tem sido usado como cenário de gravação de curta metragem.
Entrar e visitar toda a parte do equipamento, segundo o seu criador, é fazer uma grande caminhada pelo surgimento da história do Brasil desde os primeiros momentos de sua colonização e ciclos econômicos. Ainda segundo o idealizador, trata-se também de um museu do homem do campo , um memorial erguido em homenagem ao nordestino desde as suas primeiras indústrias que foram a casa de farinha e o engenho, passando pela casa de ferreiro até a arquitetura rural.
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