Foi o que aconteceu na convenção do PSDB em favor da candidatura de Romero Rodrigues e do que se revestiu à chapa tucana com a homologação do primogênito do poeta Ronaldo Cunha Lima, o empresário Ronaldo Cunha Lima Filho.
A emoção é, sem que a legislação eleitoral impeça, a terceira pessoa na chapa de Romero e Ronaldinho.
Pelas circunstâncias pessoais, políticas e simbólicas que a indicação do filho do poeta inspira ao processo e a chapa de Romero Rodrigues.
Mas, acima de tudo isso, é na simbologia da presença de Ronaldo Cunha Lima na chapa que a emoção se desnuda. Estreante em candidaturas, nos discursos e nos holofotes da política, Ronaldinho é a extensão cartorial e física do poeta Ronaldo em vida. É, para os simpatizantes dos Cunha Lima, quase uma reencarnação.
E reencarnação, meus caros leitores, no momento em que poeta se encontra no último terceto do seu soneto da vida, é mais do que representação familiar, é milagre, é fenômeno.
Por isso, o choro incontido nos campinenses que acompanharam a convenção de hoje no PSDB, engolindo, com dose de lágrimas, as falas viscerais de Cássio, Romero e Ronaldo, sobre o qual, em determinados momentos, já não se sabia mais identificar se o filho ou o pai.
Isso é que gerou o poder emotivo da presença de Ronaldinho na chapa de Romero. E que deve fazer uma boa diferença na disputa em Campina. Porque Campina é, dentre tantas no mundo, uma das poucas cidades em que a política encontra razão no coração.
Luís Tôrres